terça-feira, 17 de março de 2009

E viemos a falar acerca da libido

Palavra derivada do latim, significando "desejo" ou "anseio", é caracterizada como a energia aproveitável para os instintos de vida que são constituídos, basicamente, por tudo aquilo que nos motiva a sobreviver neste imenso mundo, inclusive (claro!) perpetuação da espécie.
Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: a libido sciendi, desejo de conhecimento, a libido sentiendi, desejo sensual em sentido mais amplo, e a libido dominendi, desejo de dominar.

De acordo com Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia separada para cada um dos instintos gerais... Acreditando que a produção, aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento da libido possivelmente poderiam explicar os fenômenos psicossexuais observados durante seus estudos.

Já Jung, ao contrário de Freud, não entendia a libido como um conceito puramente sexual, apontando-a como uma transferência de energia na busca de uma satisfação, acreditando que a diferença entre a sexualidade madura e a imatura era determinada pela localização da libido, e não pela intensidade, valorizando-a como um ponto de vista energético e não no sentido sexual.

Analisando o conceito de libido como “energia” e não como puramente “sexual”, Jung concluiu que os impulsos libidinosos da criança não eram correspondentes à função genital como a do adulto, o que invalidaria o conceito Freudiano sobre libido como um fenômeno sexual presente desde a primeira infância; por exemplo, a sucção no ato de mamar.

Em se tratando de libido...É muito difícil definí-la sem a utilização de conceitos da psicologia e costumamos fazer confusão porque a questão da libido, dentro do senso comum é nitidamente ligada pela catexia--processo no qual a energia libidinal disponível na psique das pessoas é vinculada a representação mental de uma pessoa, idéia ou coisa ou investida nesses mesmos conceitos. Mas não deixa de ser algo meio equivocado pois uma vez que a libido foi catexizada, ela perde sua mobilidade original e não pode mais ser alternada para novos objetos, como normalmente seria possível, ficando enraizada na parte da psique que a atraiu e reteve.

Atribuindo a sábia sabedoria popular a esse conceito da psicologia, vemos que a libido surge quando existem interesses em comum de ambas as partes e os mesmos podem ser vinculados para usufruto comum... A tal libido pode começar ao, repentinamente, manifestar-se para o tal desejo: coração acelera, pupilas se ditatam, olfatos se apuram em busca da combinação perfeita dos feromônios, olhares se cruzam, sorrisos são trocados, a pele fica mais sensível ao toque, mãos e corpos se entrelaçam magicamente,vêm emoções que marcam...